Artes Visuais

Programação Maio 2016
NA CORRERIA

Uma reflexão sobre o espaço da cidade como ambiente de discursos, trocas e fluxos contínuos com suas disputas e seus meios de circulação, colocando em pauta o direito a cidade e ao uso de seus espaços. O público será levado através de imagens, sons e sensações a passear pela correria cotidiana vivida em diversos pontos da cidade, sobretudo nas favelas cariocas, através da reflexão sobre temas como arte urbana, espaços de sociabilidade e extermínio da juventude negra.

Concepção: Criação Coletiva ; Curadoria: Jardila Baptista, Hugo Bernardo e Vanessa Rocha ; Metodologia de criação: Thiago Florencio ; Direção de produção: Karla Suarez ; Produção executiva: Marcelo de Brito ; Assistência de produção: Lívia Laso e Thiago Rosa

Abertura: 7 de maio, às 19h
De 7 de maio a 6 de junho
Visitação de Quarta a Segunda, das 14h às 22h.
Entrada gratuita
Galeria Marcantonio Vilaça 1
Classificação: Livre

GRAFITE NO MURO – COLETIVO DE RUA – CRUA
ocupação correria maio_2016

A grafitagem do muro do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto será realizada pelo CRUA – Coletivo Criativo de Rua, a convite do Coletivo Bonobando, em coordenação temática com as atividades da Ocupação Bonobando no Sérgio Porto.

Pintura: Cruz e Rack ; Direção de produção: Karla Suarez ; Produção executiva: Marcelo de Brito ; Assistência de produção: Lívia Laso e Thiago Rosa

Abertura: 7 de maio, às 19h
Permanência: de 7 de maio a 12 de junho
Visitação livre

09.01 a 08.02
sexta e domingo das 14h às 19h30 e sábado das 14h às 18h30
UTOPIA.DOC

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A instalação audiovisual que já passou por Paris, Frankfurt e São Paulo é uma extensão da pesquisa de Jatahy sobre as diferentes linguagens. O material de pesquisa interferiu na construção dramatúrgica de “E Se Elas Fossem Para Moscou”. A cada edição, pessoas eram convidadas a participar enviando cartas contando sua história de vida, descrevendo sonhos e suas ideias de utopia. Em Frankfurt, o projeto envolveu alemães e imigrantes e teve a participação de importantes escritores brasileiros; na França, contou com artistas franceses e brasileiros, além de imigrantes de diversos países. Em São Paulo voltou-se para a cidade como centro migratório do Brasil.

Direção Christiane Jatahy | Câmera e edição Paulo Camacho | Com Isabel Teixeira, Julia Bernat e Stella Rabello

Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade da Galeria 1: 35 lugares
Entrada Franca

15.01 a 05.02
quintas-feiras às 16h, 18h e 20h
A Falta que nos Move

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A ocupação também vai exibir sessões do longa “A Falta Que Nos Move”, roteiro adaptado da peça “A Falta Que Nos Move ou Todas as Histórias São Ficção”, que Christiane Jatahy escreveu e dirigiu no teatro em 2005. O drama rompe a fronteira entre a realidade e a ficção. Cinco atores se encontram numa casa na véspera da noite de Natal para fazer um filme. Enquanto esperam para jantar uma pessoa que não sabem quem é, nem se vai realmente aparecer, eles revelam segredos e fazem um retrospecto de suas vidas. A partir desse encontro, alegrias, frustrações, ausências e paixões vêm à tona no limite da tensão.

Um filme de Christiane Jatahy | Com Cristina Amadeo, Daniela Fortes, Marina Vianna, Kiko Mascarenhas e Pedro Bricio | Direção de Fotografia Walter Carvalho | Direção de Arte Marcelo Lipiani | Som Direto Leandro Lima e Marcel Costa | Desenho de som Leandro Lima | Trilha original Lucas Marcier, Rodrigo Marçal e Luciano Correa | Edição Sergio Mekler e Christiane Jatahy | Produção executiva Gabriela Weeks | Produção Flavio Ramos Tambellini e Christiane Jatahy.

Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 95 minutos
Capacidade da galeria: 35 lugares
Ingressos: R$10,00 inteira | R$5,00 meia

Flash Day_Autoria na tatuagem

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Esta exposição apresenta o trabalho de quatro artistas visuais/tatuadores: Iuri Casaes, Leo Pereira, Loo Stavale e Rafael Plaisant. São fotografias, desenhos, gravuras e pinturas que abordam a ideia da tatuagem como um trabalho autoral. A exposição discute não apenas o processo de popularização dessa prática e sua afirmação como importante manifestação da cultura visual contemporânea, mas principalmente o desenvolvimento de um público especializado, que passa a consumir uma tatuagem de autor, buscando e valorizando o estilo pessoal de cada tatuador. Para esse público o que interessa não é simplesmente a imagem a ser tatuada (e os significados místicos ou pessoais por trás de tais imagens) e sim sua “assinatura”, o fato daquela imagem ter sido feita por aquele tatuador específico.

Curadoria: Pedro Sánchez.

Galerias Marcantônio Vilaça I
De 30 de outubro a 18 de dezembro de 2014.

Short cut/ Long road (ou Amor x Pizza)

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A exposição apresenta um apanhado de dois anos de produção de Elvis Almeida e Mariana Moysés. São pinturas, desenhos, serigrafias, fotografias, histórias em quadrinhos, colagens e zines que, agrupados em blocos e intercalados, oferecem ao público uma mostra do tempero das poéticas desses dois artistas e da versatilidade de suas atividades. Poliglotas culturais, Elvis e Mariana circulam entre diferentes mundos artísticos, atravessando de um lado para o outro os limites entre high e low culture e argumentando que, como toda fronteira, esta também é uma ficção política artificialmente mantida.

Curadoria: Pedro Sánchez

Galerias Marcantônio Vilaça I
Abertura: 10 de setembro de 2014, às 18hs.
De 10 de setembro a 31 de outubro de 2014.

FotoRio 2014

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ATMAN – João Penoni
O “Eu” individual é uma ilusão. O corpo tenta apagar as suas fronteiras, encontrar seu estado original. “Cada átomo que pertence a mim, pertence a você”, escreveu Walt Whitman em Leaves of Grass. João Penoni, em Atman, borra as fronteiras do corpo que tenta se diluir na paisagem, onde um e outro buscam ser um só.

SUAVE – Luiza Baldan
Durante uma viagem de carro pelo litoral de Portugal em busca de resquícios do estilo arquitetônico português SUAVE, foi realizado um projeto que inclui a série fotográfica “A uma casa de distância da minha” e o vídeo “Suave” da artista visual Luiza Baldan.

Galerias Marcantônio Vilaça I e II
Abertura: 30 de julho de 2014, às 18hs.
De 30 de julho a 31 de agosto de 2014.

Curadoria Operária
Exposição de textos, publicações e reflexões para serem consultados no local e/ou copiados e retirados pelos visitantes
Ana Luisa Lima, Daniela Mattos, Manoel Silvestre Friques e Paula Borghi (organizadores)

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Na exposição Curadoria Operária, Manoel Silvestre Friques convidou as pesquisadoras Daniela Mattos, Paula Borghi e Ana Luisa Lima a refletir a respeito do ofício curatorial. O grupo de curadores formulou uma proposta de ocupação espacial cujo princípio é único: direcionar perguntas aos visitantes. Sendo assim, estará disponível ao participante um conjunto de informações consolidado pelos pesquisadores, dentre textos, informações, publicações e reflexões em torno do tema. Quem visitar a exposição poderá então realizar o seu percurso pela história e pela teoria da curadoria in loco, ou então em casa, a partir de fotocópias do material produzidas em uma impressora multifuncional instalada no espaço expositivo.

Em conjunto, os artistas, pesquisadores e curadores reunidos em torno de Curadoria Operária refletem a respeito de suas práticas, compartilhando as dúvidas e indagações com o público. Trata-se, antes de tudo, de um processo de investigação aberto aos visitantes, na tentativa de se criar um espaço onde a curadoria – enquanto produção cultural, prática discursiva, disciplina de formação, escolha profissional, função institucional e mecanismo de promoção do status social – é exposta ao escrutínio e à verificação.

Galerias Marcantônio Vilaça
Abertura: 06 de maio de 2014, às 19hs.
De 07 de maio a 27 de julho de 2014.
Curadoria Operária – Performance convidada
Alexandre Sá e Maíra Gerstner: 06/05, às 20hs.

Coisas vistas aqui e alí, sem óculos
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Os trabalhos de Francine Jallageas, Ícaro Lira, Lucas Parente e Luciana Paiva encontram-se aqui reunidos sob a condição paradoxal de uma cirúrgica dispersão. Se assim é, as imagens, as colagens, as cenas, os sons e os objetos que os quatro artistas nos oferecem solicitam que constatemos a sua irrelevância. Desimportantes, um tanto sem valor, eles não desejam o primeiro plano; exigem, no entanto, uma certa permanência de sua inutilidade.
Tome-se a ocupação espacial de Ícaro Lira. Os objetos liliputianos coletados oscilam entre o fóssil natural e a ruína cultural, impondo-se ao nosso olhar como enigmas semiológicos. Resulta daí a composição-montagem de um campo móvel de sentidos, no qual narrativas e relações são sugeridas, sem circunscrever em definitivo sistemas cômodos. O percurso de Ícaro funciona como catalisador de percursos.
O que não me parece longe das colagens de Francine Jallageas, pelas quais ela propõe uma investigação verbo-visual da forma linear (é prudente esclarecer que ela não parte de uma forma abstrata; seu viés provém de um fazer). A artista lança mão de um procedimento básico: recortar imagens e textos para construir e delimitar enquadramentos visuais e linguísticos. Resultam daí meta-poemas abertos à possibilidades de sentido e autoria.
Ou ainda as permutações de Luciana Paiva, que se relacionam explicitamente com a matemática musical. Ora por meio de uma série fotográfica, ora através de um jogo de substituições morfológicas, a artista oferece uma imagem que comenta – e pressupõe – as outras. Tal lógica implica sempre um conjunto: cada unidade funciona como o índice das demais.
Já a videoinstalação de Lucas Parente revisita Hagoromo, narrativa tradicional japonesa, situando-a a meio caminho entre a cidade e a floresta. Pode-se dizer que o artista insinua uma “in-versão” desta história, na medida em que aposta em uma certa indistinção entre as figuras da caça/objeto de visão (a mulher) e o caçador/voyeur (o homem), fazendo-os convergir para um núcleo selvagem, o centro de um enorme Jequitibá.
Tais estratégias, conjugadas, sugerem uma atmosfera evocativa do universo de Erik Satie. Não à toa, escolhemos como título da exposição uma composição do artista francês, criada há exatamente um século – uma na qual o ver e o ouvir estão implicados. É por instituírem uma atenta dissipação (em expressão benjaminiana, por promoverem “iluminações profanas”) tão comum à obra de Satie que as criações de Parente, Paiva, Lira e Jallageas calculam desvios, afigurando-se como estas coisas vistas aqui e ali, sem óculos.

Curadoria: Manoel Silvestre Friques

Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

Desde Junho nas Ruas do Rio
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No mês de junho tem início protestos na cidade São Paulo e Rio de Janeiro, as reivindicações eram a redução das passagens de ônibus e a melhoria do transporte público. Os protestos ganham força no sudeste e em outras capitais do país e se espalham por todo o Brasil.

A mostra fotográfica “DESDE JUNHO NAS RUAS ” são registros de fotógrafos da cidade do Rio de Janeiro que acompanharam de forma independente os muitos protestos ocorrido na cidade do Rio de Janeiro.

Fotógrafos_Andre Mantelli, Francisco Valdean, Fagner França, Ratão Diniz, Vitor Madeira, Luiz Baltar, Elisângela Leite, Daniel Carvalho e Veri-VG.
Curadoria Desmonte Marginal e Francisco Valdean

Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

I Phone Me I Phone You Marcus Vinicius Faustini
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Um uso plástico do dispositivo de mensagens do I phone. Vídeo instalação com mensagens trocadas por celular.

Curadoria Projeto_ENTRE

Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

Ocupai Sérgio Porto Opavivará Coletivo
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“OPA amigos, estendemos a todos um convite que recebemos do Projeto_ENTRE, que atualmente programa o Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá, Rio de Janeiro. Fomos convidados para fazer a curadoria da galeria e área externa do espaço por 4 meses, de setembro a dezembro de 2013. Questões políticas, culturais, estéticas, públicas e relacionais estão em pauta. Todos estão convidados para propor e discutir modos de ocupação dos espaços culturais da cidade e muito mais.”

Curadoria Opavivará

Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

Bodas de Agosto Hugo Richard
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Nossas lembranças mais fortes são memórias vividas, vistas por outros olhares ou relatadas? Memórias-construções.
Em seu trabalho inédito, Hugo Richard propõe um roteiro dentro de um mundo próprio, de uma história, inventada, construída, lembrada. Para dentro de nós.

Curadoria Keyna Eleison Van de Beuque

Abertura 20 de junho às 19h
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

território || paisagem Tábatta Martins
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Pesquisa de imagens em formato de radiofotografias que tem como tema central a problemática das intervenções territoriais e suas consequências sócio subjetivas. A obra é realizada em formato de uma série de fotografias que usam como método a experimentação de sobreposição de radiografias médicas de acetato – pertencentes a pessoas que sofreram intervenções invasivas de saúde em seus corpos (pinos, transplantes, introdução de próteses e aparelhos) – junto a fotos de zonas intensivas de conflito socioeconômico-subjetivo da cidade de Paris e do Rio de Janeiro.

Curadoria Daniela Amorim

Abertura 05 de junho 18h
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

Fronteiras – Do Moderno ao Contemporâneo Claudia Elias, Cristián Silva-Avária, Evangelo Gasos, Flavia Acker, Joana Passi de Moraes, Lara Seidler, Lilian Soares, Mariana Madeira, Raquel Versieux, Victor Garcez
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Em 2012, o projeto “Do Moderno ao Contemporâneo”, proposto pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV/UFRJ) foi contemplado pela FAPERJ, permitindo que tanto a produção teórica de seus professores quanto a produção prática do seu corpo discente pudesse ganhar uma dimensão pública. Contando com o apoio do Projeto ENTRE, o Espaço Sergio Porto abriu suas portas para o projeto. A partir da abrangência do título, foi decidido concentrá-lo em uma questão capaz de permear as obras e palestras. Surgiu o tema FRONTEIRAS.
No momento de tornar públicas suas pesquisas, FRONTEIRAS é um evento multidisciplinar, contando com performances e uma exposição com obras que apresentam um panorama da diversificação da produção de parte dos alunos do Programa e mesas-redondas, nas quais os professores apresen- tarão suas pesquisas em consonância com o tema. São oportunidades para que o público tome conhecimento da pesquisa artística praticada pelo PPGAV e permita a difusão da pesquisa e o estudo que a produção das artes plásticas trava com outras linguagens visuais, investigando a amplitude que o fenômeno das artes vem criando com outras áreas.
As obras de Lara Seidler e Lilian Soares são performances que serão apresentadas apenas na noite de abertura.

Curadoria Felipe Scovino

Abertura 27 de junho às 19h
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h
Entrada Franca

Isto é real (This is not a drill) Maíra das Neves
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Em sua performance, Maíra das Neves deixa vestígios sutis. Com um simples gesto, a artista afasta o status da arte na Galeria do Sergio Porto; impulsiona uma crítica quanto as relações do entorno em amplitudes que chegam a contextos econômicos-políticos-sociais. Sua intervenção deixa livre para alcances que vão para além da sala de exposição e nos coloca numa ex-posição pessoal e coletiva, a se definir na abertura.
Criada para o Sergio Porto, Isto é real (This is not a drill) é uma convocação, uma provocação entre arte e realidade, que força o espectador a uma ação crítica frente aos acontecimentos da atualidade.

Curadoria Keyna Eleison Van de Beuque

Abertura 08 de maio às 19h
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 22h

Saiba mais sobre Maíra das Neves clicando aqui

Exposições anteriores

URBANÁRIO Anita Sobar, AoLeo e Virginia Mota
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A exposição coletiva URBANÁRIO aposta na potência da arte como via de mão dupla entre o espaço público e os centros culturais.
O projeto encontra seu ânimo na rua, campo de expansão da arte.

O URBANÁRIO será inaugurado no dia 16 de Janeiro e estará à mostra na galeria do Espaço Cultural Sérgio Porto de 17 de Janeiro a 30 de Março de 2013. A exposição apresenta o trabalho dos artistas Anita Sobar, AoLeo e Virginia Mota com curadoria de Gabriela Gusmão.
A relação com o universo urbano já se fazia presente na obra de cada um. Anita Sobar com sua série de lambe-lambes “Procura-se uma Utopia” parte da miscelânea que os ambulantes do centro da cidade oferecem para construir suas imagens. AoLeo desenvolve trabalho fotográfico com intervenções tipográficas em paisagens urbanas registradas através das janelas de transportes coletivos. A portuguesa Virginia Mota com seu projeto “Biblioteca de Afetos” rompe as fronteiras das instituições e se aproxima do público dentro e fora de museus e galerias de arte. Gabriela Gusmão, artista curadora do URBANÁRIO, fez escola no espaço público com o livro e a exposição “Rua dos Inventos”, que esteve à mostra em diversas cidades do Brasil além de Paris e Roterdã.
“Na improvisação está a força. Todos os golpes decisivos são desferidos com a mão esquerda.” Walter Benjamin
Nos percursos feitos na cidade do Rio os artistas buscam objetos preciosos para construção de uma obra dinâmica que durante os três meses da exposição possa se transformar a partir de novas relíquias cotidianas encontradas nas esquinas, ruas, avenidas, parques, praças, viadutos e outros cantos percorridos.

São infinitamente férteis os desdobramentos dessa proposta que deseja acima de tudo extrapolar os limites da galeria para ganhar as ruas e praças da cidade. Assim, o Espaço Cultural Sérgio Porto e o projeto ENTRE tem o prazer de anunciar e convidar na noite de 16 de Janeiro para a inauguração da exposição e uma convocatória internacional simultâneas.
Essa convocatória tem intenção de ampliar o URBANÁRIO reunindo imagens relativas ao universo urbano de diversas cidades do mundo. Já que a proposta expandida é que o trabalho retorne à rua, a projeção dessas imagens acontecerá em Março, no muro externo do Sérgio Porto, na Rua Humaitá democratizando o acesso à arte e surpreendendo os passantes.

Na poesia a praça é do povo e na vida queremos que seja também. Salve Castro Alves!
A intenção da convocatória é ainda mais ousada no sentido de propor a ampliação do coletivo a ponto de ativar a ocupação artística de áreas como o Largo de São Francisco, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Para isso o coletivo conta com o apoio do Largo das Artes que, em fase de renovação, tem a intenção de provocar uma grande efervescência cultural reunindo artistas de diversas áreas, estudantes, o público passante, ambulantes e trabalhadores da região.
Para que a via de mão dupla galeria/rua/galeria se estabeleça, o URBANÁRIO junto ao projeto ENTRE do Espaço Cultural Sérgio Porto e o Largo das Artes, faz sua chamada aos artistas que desejem se unir e ampliar esse movimento. A proposta de ocupação do Largo de São Francisco, que de certo modo é o quintal do Largo das Artes, fortalece ainda mais o sonho constante de devolver à praça a alegria do povo.
DELÍRIO MANIFESTO URBANÁRIO
Do profano desejo diário ao santo sudário passando pelo solitário que faz do poste seu armário acreditamos no delírio cotidiano do universo imaginário.
Nada aqui é mero cenário, nem mostruário, muito menos golpe de otário.
Que nosso coletivo seja centenário, mas nunca panfletário.
Tem coisas que estão no mundo mas seus nomes não entraram ainda no dicionário.
Essas raridades é que enriquecem nosso inventário.
Do Largo do Boticário ao estádio de São Januário damos valor a tudo o que parece precário.
Lançamos a flecha de sagitário em direção ao infinito planetário.
Imaginamos de um jeito, mas vai ser bem mais perfeito se for tudo ao contrário.
Cada um de nós é precioso vaso vazio do orquidário.
Deixa a flor crescer no aquário, o peixe nadar no ovário e um episódio banal virar relicário.
Desconfiamos que aquele doido da esquina seja um grande visionário.
Nosso projeto ainda nem chegou ao berçário e já tem mais assunto do que muito seminário.
Vamos mandar tudo quanto é doutor de volta pro curso primário porque a descoberta do mundo não é coisa de sedentário.
E se um dia quisermos descanso não vamos pra um balneário.
Nosso desafio mora nas ruas da cidade e tudo que é relativo ao humano destina-se a nosso urbanário.
Calendário de Eventos do coletivo URBANÁRIO
16/01/2013 – 20:00
Abertura da Exposição no Espaço Cultural Sérgio Porto
Convocatória para o URBANÁRIO GERAL

17/01/2013 a 30/03/2013
Duração da Mostra no Espaço Cultural Sérgio Porto

07/02/2013
Projeção URBANÁRIO GERAL no Largo de São Francisco

30/03/2013
Lançamento de Catálogo, projeção do URBANÁRIO GERAL e encerramento da exposição no Espaço Cultural Sérgio Porto

CONVOCATÓRIA
O Espaço Cultural Sérgio Porto e o projeto ENTRE tem o prazer de anunciar em sua agenda uma abertura e uma convocatória internacional simultâneas. Os dois eventos são relativos ao coletivo dinâmico URBANÁRIO, com curadoria de Gabriela Gusmão.
Na noite de abertura da exposição de Anita Sobar, AoLeo e Virginia Mota, no dia 16 de Janeiro de 2013 acontece a convocatória para que artistas da comunidade internacional encaminhem obras digitais inspiradas no universo urbano. A chamada incentiva artistas do Rio de Janeiro para o enlarguecer desse coletivo dinâmico durante a intervenção no Largo de São Francisco, com data a ser confirmada.
As obras devem ser enviadas até 01 de Fevereiro.
As exibições do URBANÁRIO GERAL acontecerão nos dias 07 de Fevereiro, no Largo de São Francisco e 30 de Março na fachada do Espaço Cultural Sérgio Porto, Rua Humaitá, Rio de Janeiro.

Calendar of Events of the URBANARIUM collective
16/01/2013 – 20:00
Opening of the Exhibition at the Espaço Cultural Sérgio Porto
Convocation of the Global Urbanarium

17/01/2013 to 30/03/2013
Duration of the exhibition at the Espaço Cultural Sérgio Porto.

07/02/2013
Screening of Global Urbanarium in Urban Intervention at the Largo de São Francisco Gallery, in partnership with the Largo das Artes Gallery

30/03/2013
Launch of Exhibition Catalogue, screening of Global Urbanarium and closing of the exhibition at the Espaço Cultural Sérgio Porto.

URBANARIUM: opening and open call
The Espaço Cultural Sérgio Porto, and the ENTRE Project, in partnership with the Largo das Artes Gallery, invites participants to an opening and international convocation.
These events relate to the dynamic collective known as URBANARIUM, which will be exhibiting at the Espaço Cultural Sérgio Porto, showcasing the work of artists Anita Sobar, AoLeo and Virginia Mota, curated by Gabriela Gusmão.
On opening night, on 16 January 2013, the convocation will invite artists from around the world to submit their digital art work inspired by the urban universe.
The art work may comprise photographs, drawings, etchings or videos lasting up to 30 seconds. Interested parties should send their images in jpeg format (between 1Mb and 2Mb in size), and videos in mp4 format, by 1 February 2013. The pieces will be shown in public spaces beyond the limits of the gallery itself. The exhibitions will take place on 7 February 2013 at the Largo de São Francisco and on 30 March 2013 on the façade of the Espaço Cultural Sérgio Porto, Rua Humaitá, Rio de Janeiro.

The URBANARIUM collective exhibition sees the power of art as a two-way street between public spaces and cultural centres.

The life of the project is in the street, fertile ground for the expansion of art.

The three artists who are showing their work at the Espaço Cultural Sérgio Porto Gallery have a direct line to the urban universe. Anita Sobar, in her series of public photographs “Looking for a Utopia” constructs images based on the miscellany of those who wander in the centre of town. AoLeo’s photographic work uses typographical marks in urban landscapes, viewed through the windows of public transport. The Portuguese artist, Virginia Mota, with her project “Library of Sentiments”, breaks the barriers between institutions, and speaks to audiences both within and beyond museums and art galleries. Curator Gabriela Gusmão has led the way in the exploration of public spaces with her book and exhibition “Street of Inventions”, which showcased in several cities in Brazil, as well as in Paris and Rotterdam.

“Strength lies in improvisation. All the decisive blows are struck left-handed.” Walter Benjamin

In their trajectories across the city of Rio de Janeiro the artists look for precious objects to construct a dynamic work based on mundane relics found on street corners, avenues, parks, squares, viaducts and other urban nooks.
This approach (whose unfurlings provide infinitely fertile ground) seeks above all to extend the gallery beyond its walls into the streets and squares of the city.
In poetry, the square belongs to the people, and we would like the same to be true in life. All hail Castro Alves
In asserting an artistic occupation of areas such as the Largo de São Francisco, in the centre of the city of Rio de Janeiro, URBANARIUM invites artists, students, and the general public passing through or working in the area, to view the screening on 7 February 2013.
The Largo das Artes cultural centre and residential areas have also lent their support to this expansion of the URBANARIUM collective’s activities. Together with the ENTRE project of the Espaço Cultural Sérgio Porto, they echo the call to artists who wish to join and amplify this movement.
The occupation of the Largo de São Francisco, which in some ways is the back yard of the Largo das Artes, strengthens the constant dream of returning to the square the joy of the people.

Delirium manifesto for an urbanarium

From the profane cravings of every day to the sacred shroud, via the lonely man for whom the lamp post is a cupboard, we believe in the daily delirium of the imaginary universe.
Nothing here is mere scenery, or simple pageantry, much less a fool’s chicanery.
May our collective be long-standing, but never grand-standing. There are things in the world whose names are not yet in the dictionary. Those rarities are what enrich our inventory.
From Boticário Square to São Januário stadium, we find precious all that seems precarious.

We shoot the arrow of Sagittarius towards planetary infinity.
We imagine things one way, but the contrary will approach sublimity.
Each one of us is a precious empty vase from the terrarium. Let the flower grow in the aquarium, the fish swim in the ovarium and a banal episode become a sanctum.
We suspect the madman on the corner may well be a great visionary.
Our project has barely reached the nursery and already it boasts more issues than any seminary. We will send all the doctors of philosophy back to elementary school, because discovering the world is not for the sedentary fool.
And if one day we seek rest, we will not go to the seaside.
Our challenge resides in the city streets, and everything that relates to the human belongs in our urbanarium.

GALERIA 1_Cordel da Arte Contemporanea Brasileira_Kristofer Paetau
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(…)
Me parece que as “poéticas”
tomou conta no geral,
fotografia, escultura,
toda arte visual.
Hoje tudo é “poética”
ficou de lado a estética,
não acho isso legal. (…)

in “Cordel da Arte Contemporânea Brasileira”, Isael de Carvalho (ed. Kristofer Paetau), 100 ex., Rio de Janeiro

Curadoria Marta Mestre

Vernissage dia 06 de Dezembro às 20h
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 20h
Até 22 de dezembro

GALERIA 2_1000 tsurus para 1 pedido 1 pedido para 1001 desejos_Jefferson Miranda
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O trabalho é uma instalação propositiva, composta por 1000 tsurus (pássaros de origami) que os visitantes podem trocar, cada um, por 1 desejo.
Diz a lenda que quem fizer mil dobraduras desse pássaro, com o pensamento voltado para aquilo que deseja alcançar, terá seu desejo atendido.

Curadoria Bernardo Mosqueira

Abertura 12 de novembro
Visitação de quarta a domingo de 14h às 20h

GALERIA 1_SÉRGIO PORTO 83-97_ANTOLOGIA
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Qual a duração da memória artística? O que resta como potencia e continuidade? “Sérgio Porto 83-97” é uma exposição a partir dos materiais de arquivo aos artistas, curadores, fotógrafos, público e imprensa que intervieram ou acompanharam a programação do “Sérgio Porto” entre 1983 e 1997.

Curadoria Marta Mestre

Abertura 25 de Outubro
Visitação de quarta a domingo de 14h às 20h

Curadoria Marta Mestre
Curador convidado Fernando Oliva

GALERIA 1 Secret Life of Materials_Flávia Vieira e Tiago Mestre
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Secret Life of Materials apresenta 12 trabalhos em diversos suportes (escultura, site-specific, vídeo, fotografia), dos artistas portugueses Flávia Vieira (1983) e Tiago Mestre (1978), reagrupados e/ou criados especialmente para a galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto.
Apesar de terem percursos e trabalhos individuais, Flávia Vieira e Tiago Mestre têm vindo a colaborar regularmente em projetos e exposições (“Noli me Tangere”, Casa-Museu Anastácio Gonçalves, Lisboa, 2011; “Mandei-o matar porque não havia razão”, Espaço Avenida, Lisboa, 2011; “Herói”, Plataforma Revólver, Lisboa, 2010), e esta é a sua primeira exposição no Brasil.
Fernando Oliva vive e trabalha em São Paulo, integra o conselho curatorial do Festival de Arte Contemporânea Videobrasil, e foi um dos curadores da exposição O Retorno da Coleção Tamagni – Até as Estrelas por Caminhos Difíceis (MAM-SP, 2012).

Abertura 14 de Setembro
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 20h
até 10 de outubro

GALERIA 1 Morada provisória: versão para passarinhos_Polyana Morgana
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Dando sequencia às exposições do projeto Arte Contemporânea em três lições Dramáticas, com curadoria de Daniela Labra, a artista Polyanna Morgana (DF) apresenta a instalação Morada provisória: versão para passarinho. O trabalho consiste em um ambiente construído com caixas de papelão, que por sua vez simula o interior de um incomum cômodo habitacional.

Abertura 19 de julho
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 20h

GALERIA 2 Simulacro_Daniel Mattar
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Usando a mudança de escala, optando por enquadramentos mais próximos, câmeras de alta definição e impressões em grandes formatos, o artista retrata cores, formas ,ilusões, carências afetivas, a busca do prazer e sexualidade registradas na inocência passiva das bonecas japonesas, displays iluminados, embalagens de produtos. Um mundo eletrônico de cores atômicas e automatização extrema que contrasta com uma sociedade paradoxal e complexa.

De 23 de maio a 10 de junho
Visitação de quarta a domingo
De 14h às 20h

PET de Zé Carlos Garcia – Exposição Galeria 1

Curadoria Daniela Labra – do Projeto Arte Contemporânea em três lições dramáticas

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Arte ContemporâneA em três lições DrAmátiCAs
O título é uma referência ao teor dramático ou teatral que pode estar contido em obras de arte contemporânea, realizadas em diferentes suportes. A série de 3 exposições que ocupará a galeria do 1º andar do espaço Sérgio Porto traz artistas que começaram a trabalhar nos últimos 15 anos, cuja
produção se mostra amadurecida mas em pleno desenvolvimento criativo.

GALERIA 1 pet _ zÉ CARLOS GARCIA
Instalação e objetos. A possibilidade de recriar o mundo frente a formas inicialmente estabelecidas pela Estética, ou seja, não propostas como “dado” pela natureza, levou o artista a uma pesquisa que se desdobra na construção escultórica de “pássaros” e na redefinição de “insetos”, estes últimos tidos como um tipo de simulacro frente ao “Belo” vigente, e, a partir deles, experimentar uma nova Natureza, agora descrita pela arte, fundindo os dois pontos-chave da contemporaneidade: conceito e plasticidade.

Abertura 04 de abril
de 05 de abril a 20 de maio

Artes Visuais_Performances
Galerias_Muro
Propostas para 2012_2013

O lugar de experimentação e de pesquisa, que é a característica mais marcante do ECM Sérgio Porto com relação às artes cênicas e à música, se estende ao perfil de curadoria das galerias de arte e do muro externo.
A vocação curatorial em artes visuais do Sérgio Porto sempre foi a de lançar novos artistas, propiciar o contato com o mercado de arte, abrigar as primeiras exposições individuais.
Incluímos neste perfil um novo olhar neste dois anos, o de proporcionar ações transdisciplinares, de integração entre vertentes das artes visuais e performativas, acolhendo propostas para as duas galerias do ECM Sérgio Porto que incluam apresentação de performances e instalações com uso cênico. Esta iniciativa teve enorme sucesso de público e crítica durante os dois primeiros anos de residência do Projeto_ENTRE. Foram ali apresentados “Ato de Comunhão” do diretor Gilberto Gavronski, “Teatro dos Ouvidos” da Cia do Pequeno Gesto, “A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho” de Alessandra Colasanti, “The Other” do artista tcheco Ján Mancuška, “Cérebro” de Catalina Chlapowski e em março de 2012 está pautada a peça/instalação “Farnese, tudo continua sempre” de Vandré Silveira com direção de Celina Sodré.
Comprovadamente, aumentar as possibilidades de uso das galerias ao transformá-las também em espaços de apresentações no campo das artes performativas propicia, ao Sérgio Porto, uma maior rotatividade de trabalhos e também de diferentes públicos, dinamizando o acesso e as ações artísticas deste centro Cultural.
Ainda, além das duas galerias, o muro de fundos do ECM Sérgio Porto durante 2010/11, aliou sua função de outdoor das atividades do teatro ao uso de seu espaço como galeria de arte de rua. O Coletivo Gráfico, convidado a ocupar o muro nestes dois anos, foi alvo de várias matérias de jornal, tendo seu trabalho reconhecido dentro e fora do Brasil (em clipping anexo).
Juntando então estas propostas, e propondo um sistema de maior rotatividade nos espaços de artes visuais, prevemos como linhas de trabalho no ECM Sérgio Porto para os anos de 2012 e 2013:
_Para as galerias: curadoria das artes visuais para as duas galerias estará, a cada quatro meses, sob a tutela de um novo curador convidado pelo Projeto_ENTRE, potencializando assim a variedade de obras expostas e a rotatividade dos espaços das galerias entre novos artistas, de modo que cada um deles possa expor os seus trabalhos em um período de dois meses, atendendo a 6 propostas curatoriais e 18 artistas.
_Para o muro: este espaço externo continuará a sua função de galeria a céu aberto para artistas da gravura, do grafite, do video. Acreditamos que, por ser já um coletivo de artistas, e pela qualidade das edições já trabalhadas de exposições no muro, o Coletivo Gráfico é o coletivo curador mais indicado para a manutenção desta parceria, e para seguir com as pautas de artes visuais neste espaço.

Curadores convidados:

Keyna Eleison Van de Beuque
Gabriela Gusmão
Manoel Friques
Domingos Guimaraes_Opavivará
Marta Mestre
Daniela Labra

Coletivo Gráfico

Galeria 1

Cérebro
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de Catalina Chlapowski – do Projeto Incorporações: “Jill “

A artista incorpora a experiência de uma neuro-cientista como performance. O video será projetado em sessões: quintas, sextas e sábados, às 18, 19 e 20 h.

Galeria 2

Mickey
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de André Amaral – A sociedade do espetáculo

Exposição individual com comentários bem humorados sobre o culto à imagem e na arte e sociedades contemporâneas.

Curadoria: Ducha
de quarta a domingo 14 às 22h

Galeria 1

Khaza

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Claudia Hersz
No primeiro andar, Claudia Hersz apresenta uma grande instalação formada por objetos, móveis, encadernações, pinturas e mais de 100 metros quadrados de tapetes que cobrem parte do chão e das paredes, convidando o público para uma viagem no tapete mágico. Com uma montagem rica em hiperlinks que remetem, clara, lúdica e simultaneamente, aos ambientes residencial e onírico, Hersz oferece, em livros, caixas e recortes de mundo, um rico grupo de portais que exibem as paradas e os destinos desta viagem.
Curadoria: Ducha
Abertura 20 de outubro às 19h
De 21 de outubro a 20 de novembro
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 2

Nós

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Claudia Tavares
No andar superior, a xará, Claudia Tavares reúne fotografias, objetos e vídeo. A exposição, segundo a artista, tem como fio condutor de todos os trabalhos uma investigação sobre o tempo afetivo, apresentando trabalhos que tem origem afetiva mas que ultrapassam o universo particular. O vídeo apresentado chama-se “inserção em circuito amoroso” e é a dilatação temporal de uma bela cena de amor de um famoso filme, originalmente com pouco mais de um minuto de duração que é esticada pela artista para uma hora e onze minutos. Esse trabalho acaba de ser selecionado para o festival “Desvenda” do Museu Murillo La Greca, durante o SPA das Artes em Recife. Em “Romeo e Julieta” Claudia apresenta em fotografia dois relógios idênticos, sendo que um marca um minuto de atraso em relação ao outro.
Curadoria: Ducha
Abertura 20 de outubro às 19h
De 21 de outubro a 20 de novembro
De quarta a domingo das 14 às 22h

 

Galeria 1

Tão

Isabela Sá Roriz
Tão nos traz intensidades da memória do corpo e de sua “utopia íntima” na relação com o outro, partindo de uma densa pesquisa de materiais. Seus dispositivos pretendem se instaurar no espaço como armadilhas sensíveis que sigam a burlar o tempo, num inventário de afetos tão improvável quanto incontornável.
Curadoria: Ducha
Abertura 14 de setembro às 19h
De 15 de setembro a 09 de outubro
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 2

A Volta ao Dia em 80 Mundos

Felipe Braga
A exposição começa a partir do trabalho Volta ao dia em 80 mundos. Um álbum de fotografia de uma viagem utópica verdadeiramente mentirosa. Uma volta ao mundo passando por 80 cidades de 80 países diferentes em 24h. O álbum é registro. O registro inventa a memória. A experiência de viajar é forjada. A memória-souvenir nasce sem necessidade da experiência real. Ela se confunde com a experiência real. O que é viajar? Quem é o turista?
Curadoria: Ducha
Abertura 14 de setembro às 19h
De 15 de setembro a 09 de outubro
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 1

Memória/Esquecimento

Raïssa Góes
A exposição trata da relação entre memória e esquecimento. Investiga ausência e os rastros deixados por esta relação. Nos
trabalhos a memória se manifesta como uma ausência, ausência esta que cabe ao espectador preenche-la ou lidar com ela.
Curadoria: Ducha
Abertura 04 de agosto às 19h
De 04 de agosto a 11 de setembro
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 1

Migma Oxidantesca

Nilton Pinho
Instalação composta por materiais diversos, encontrados nas ruas, ou trazidos pelas águas da baía, que sofreram corrosão pela exposição no tempo.
Curadoria: Ducha
Abertura 08 de junho às 19h
De 09 de junho a 31 de julho
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 2

Imagem Substância

Fernanda Rabelo, Karina Corrêa, Marta Egrejas e Luana Aguiar
Trabalhos de quatro artistas que têm em comum o interesse pela forma que se desfaz, pelo que chega perto do invisível.
Curadoria: Cristina Salgado
Abertura 08 de junho às 19h
De 09 de junho a 31 de julho
De quarta a domingo das 14 às 22h

Galeria 1

A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho e Outras Histórias

Alessandra Colasanti
Exposição composta por dois vídeos da autora, diretora e bailarina de vermelho Alessandra Colasanti, ” A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho” , falso documentário sobre dançarina de uma dos quadros de Degas que abandona a tela, ganha o mundo e desaparece no carnaval carioca, mistura de universo acadêmico, arte de vanguarda e submundo do sexo, escrito e dirigido por Colasanti e Samir Abujamra, e o curta experimental “Hoje” , animação a partir de 940 auto-retratos, imagens da artista pelo mundo, dentro de ambientes institucionalizados da arte, como galerias e museus, se justapõem à narrativa em intertexto que cruza fragmentos de diários e correspondências trocadas com seus pais.
Curadoria – Joelson Gusson e Daniela Amorim

Galeria 2

Desenho em campo ampliado

Artistas Pedro Varela, Carolina Ponte, Malu Saddi, Daniela Antonelli
A passagem da bidimensionalidade para o volume, quando o desenho transforma-se em escultura.
Curadoria – Noéli Ramme
Entrada franca

Abertura das expos: quinta, 07 de abril de 2011
Visitação das expos: de quarta a domingo das 14 às 20h até 29 de maio

Pátio do Sérgio Porto

Forte e Leve – Situação 1 Jacuzzi

Ducha

Galeria 2

A vida e as opiniões da arte contemporânea

Paloma Ariston

Curadoria – Ducha
Entrada franca

Abertura das expos: quinta, 03 de fevereiro de 2010
Visitação das expos: de quarta a domingo das 14 às 20h até 27 de março

 

Galeria 1

Risco

Domingos Guimaraens
Em sua primeira individual, o artista visual e poeta Domingos Guimaraens mostra trabalhos que dialogam com a visualidade das palavras. Imagem escrita e palavra desenhada se encontram na exposição Risco. Escrever é risco, criar é risco, arte é risco, “Everything is sweetened by risk” como diria o escocês Alexander Smith.

Galeria 2

Projeto 365

Cassia Aresta, Helenita Peruzzo e Rosa Grizzo – Curitiba.
Colagens, desenhos, pinturas, recortes, inscrições e perfurações compõem um calendário especial criado pelas artistas Cassia Aresta, Helenita Peruzzo e Rosa Grizzo. Estes diferentes trabalhos formam o Projeto 365. A mostra é o resultado de um compromisso assumido pela tríade em executar uma obra por dia ao longo de um ano.
Curadoria – Ducha
Entrada franca

Abertura das expos: quinta, 02 de dezembro de 2010
Visitação das expos: de quarta a domingo das 14 às 20h até 23 de janeiro

Ján Mančuška

Curadoria :: Joelson Gusson e Daniela Amorim
Uma parceria entre o Ministério da Cultura da República Tcheka, o Projeto_ENTRE e o Festival Panorama de Dança.

As obras de Jan Mancuka são instalações conceituais que se referem à linguagem e espaço. Eles têm em sua materialidade uma dupla presença onde o alcance do objeto formal só se dá através da presença física dos seus espectadores.

Galeria 1

While I walked across the room

A peça “While I walked across the room” (Enquanto eu caminhava pela sala) é composta de uma faixa de borracha preta, com as palavras impressas em branco, que é instalada como um labirinto, a 1,63m do chão, no nível dos olhos do artista. O texto impresso narra um passeio através de uma sala, que o espectador lentamente explora, de acordo com o que ele está lendo enquanto caminha. No entanto, a narração impressa não corresponde à sala em que a peça está montada. Criam-se então duas sensações: a que se desenha a partir do texto e outra elaborada a partir da existência da instalação. Forma e conteúdo. Memória e percepção.

Galeria 2

Motion Picture/Nude descending a staircase
Videoinstalação

Neste vídeo, Mancuška alude a um dos trabalhos pioneiros do avant-garde, de MarcelDuchamp: Nu Descendo uma Escada (1912). Na pintura de Duchamp, o movimento é indicado por várias imagens sobrepostas. Aqui uma pequena sequência de imagens de uma mulher nua, descendo uma escada, é montada e editada digitalmente de acordo com um princípio matemático aleatório. A capacidade física e mental do espectador para se lembrar é o único meio com o qual se estabelece a continuidade entre as imagens.

800 ways to describe a chair

Em 800 ways to decribe a chair (800 Maneiras de descrever uma cadeira), o artista colocou uma cadeira contra a parede da galeria e disparou, centenas e centenas de vezes contra a mesma, com uma espingardinha de pressão. A cadeira foi removida, deixando para trás uma silhueta, um fantasma de si mesma.

The Other/I asked my wife to blacken all the parts of my body which I cannot see

Performance
Dias 11/11 às 20h e 16/11 às 22h
Entrada Franca.

Na performance O Outro/eu pedi à minha esposa para pintar de preto todas as partes do meu corpo que eu não posso ver, uma mulher pinta todas as partes do corpo de um homem que ele não consegue enxergar em si mesmo. No decorrer da performance um peculiar efeito cômico é produzido, pois o corpo do homem vai ficando cada vez mais preto, mostrando o quão pouco de si mesmo, ele pode ver. O Outro gira em torno da falha de uma representação completa do sujeito e do sedutor poder da reflexão.
Performers: João Vitor Cavalcante e Alice Ripoll

Abertura das expos: sábado 06 de novembro de 2010
Visitação das expos: durante todo o Festival Panorama de Dança (até o dia 21/11)

Ján Mancuška (nasceu em 1972, Bratislava, Slovakia. Vive e trabalha em Praga).
Algumas individuais: 2007: westlondonprojects, London; The Invisible: Acting in Sequences, Frankfurter Kunstverein, Frankfurt am Main; A Gap, Meyer Riegger, Karlsruhe / 2006: The First Minute of the Rest of a Movie (with Jonas Dahlberg), Kunstverein Bonn, Bonn; Neue Kunsthalle St. Gallen, St. Gallen / 2005: Home Alone, Künstlerhaus Bethanien, Berlin; True Story, Andrew Kreps Gallery, New York; Time in Sequences, City Gallery Bratislava, Palffy Palace, Bratislava / 2004: Ján Mancuška, Marc Foxx (West Gallery), Los Angeles; Read it…, Andrew Kreps Gallery, New York.

Durante os dois anos desta residência artística, a curadoria de Artes Visuais estará a cargo do artista contextual Ducha. Maiores informações sobre as propostas desta curadoria no texto ao final desta página.

ARTE CORREIRO
Galeria 1
Artista convidado Lottie Child – Londres

Estar conscientes dos efeitos que nossos pensamento e comportamento têm em nosso meio e fazer uso deste conhecimento.
É toda e qualquer alegria, divertimento, poética, coisas desafiantes que fazemos quando nos movemos pelas ruas. Cada um faz algo além apenas andando pela rua com sua cara de quem-anda-pela-rua, indo fazer compras e indo ao trabalho. Essas coisas deslizam através das rachaduras na maioria das cidades grandes, mas as coisas pessoais lúdicas, alegres, subversivas que fazemos fazem a diferença para nós, para outras pessoas e lugares.

INDIVIDUAL
Galeria 2
Artista convidado Daniel Toledo

Lambe Lambe Troca Troca
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A exposição “Lambe Lambe Troca Troca” do artista carioca Daniel Toledo abre na quinta feira dia 9 de setembro na galeria 2 do Espaço Cultural Sérgio Porto. Em sua primeira individual, o artista apresentará um painel gigante de 2×40 metros ocupando todas as paredes da galeria. São 8 imagens em tamanho real do registro fotográfico da performace “troca troca” na qual um grupo de 8 pessoas enfileiradas se despem e trocam suas roupas. O projeto foi criado específicamente para o espaço da galeria 2 do Sérgio Porto.

Visitação: 09 de setembro a 24 de outubro
Quarta a domingo: das 14h às 21h

ARTE CORREIRO

Artista convidado Fernando de la Roque

barata de ouro – expressionante

“… acontece com o artista: vivendo, ele reúne em si um sem-número de germes de vida e nunca poderá afirmar “como” e “por que”, num determinado momento, um desses germes vitais penetrou a sua fantasia para tornar-se, também ele, uma criatura viva, num plano da vida superior, acima da volúvel existência de todos os dias”. (Pirandello)

A exposição BARATA DE OURO – EXPRESSIONANTE foi pensada especialmente para a galeria do andar de baixo do Espaço Sergio porto, que o curador Ducha propôs que durante o ano inteiro esta galeria irá apresentar trabalhos de Arte de Envio (Mail Art).
Criado em 2002, o personagem Barata de Ouro cativou algumas pessoas, que apreciaram e adquiriram o objeto a R$ 1,00 – é interessante como essa roupagem dourada faz com que haja uma aceitação desta que é provavelmente a mais repugnante e das criaturas.
Algumas das baratas pintadas nessa época foram enviadas por SEDEX para salões de Arte tais como o Salão de Goiás e o Salão da Bahia, e também para pessoas que se interessavam em tê-la em mãos. Antes de ser postada, a caixa – que continha uma caixa transparente no meio de uma chapa de espuma e uma carta – as pessoas eram avisadas por email que iriam receber uma barata viva por SEDEX, as respostas desses emails acabaram acrescentando muito ao trabalho, dando origem ao neologismo “expressionante”, que seria caracterizado pela expressão gerada pelo assalto estético.
Nesta nova versão, o artista escolheu cinco pessoas a receberem em casa a caixa contendo o objeto vivo, por SEDEX. Todos foram avisados por email, mas sem previsão da data de chegada, e a intenção é que eles respondam ao email relatando a experiência de receber uma barata dourada via correio. Essas pessoas são: Ducha,o curador; Alexandre Vogler, artista plástico; Maira Fróes, neurocientista; Bernardo Mosqueira,curador e Guilherme Zarvos, escritor, e um profissional cuja própria história se mistura com a história do Espaço Cultural Sergio Porto, por ter sido um dos maiores fomentadores de poesia do Brasil, criando e dirigindo o CEP 20.000, que neste ano comemora 20 anos de existência. O neologismo também homenageia Guilherme, que lançará seus 8º e 9º livros agora em 2010, de título “Extravagante”.
A exposição oferece aos convidados um zine, contendo reproduções de gravuras, também de 2002, que mostram o que seria a vida social (agitada) da personagem, imitando o comportamento humano, nas vistas de topo das ocasiões tais como: casamento, maratona, ciranda, fila do INPS, e outras.
Ainda estarão expostos: uma serigrafia grande, uma pintura e o kit de captura da baratinha.

INDIVIDUAL

Artista convidado Julio Callado

do Rio ao Recife – diários de um viajante sonâmbulo

No dia 22 de fevereiro deste ano, parti em uma viagem de ônibus desde o Rio de Janeiro até o Recife. Me propus a realizar todo o percurso rodoviário durante a noite. Desta forma dividi o percurso total em cinco noites nas quais dormia nos ônibus.

Durante os dias da viagem, entre uma noite e outra, busquei conhecer as cidades do meio caminho ambulando por estas sem seguir qualquer mapa ou roteiro pré-determinado.

Visitação: 07 de julho a 29 de agosto
Quarta a domingo: das 14h às 21h

ARTE CORREIO

Artista convidado Marssares

Um recorte curatorial dedicado a trabalhos conceituais/mail art. Uma galeria recebendo obras-instruções pelo correio. Uma série de regras a serem seguidas pelos artistas convidados para o envio das obras, direções, instruções a serem seguidas, como num jogo. Artistas do Rio, assim como das partes mais distantes do pais, ou de fora, teriam, necessariamente, que utiliar o serviço dos correios como veiculo para o trabalho.

Visitação: 23 de abril a 13 de junho
Quarta a domingo: das 14h às 21h

RIO NA RUA

Artista convidado Aimberê Cesar

Cenas do cotidiano cultural/urbano carioca ao longo dos séculos.

Visitação: 22 de abril a 13 de junho
Quarta a domingo: das 14h às 21h

À Tua Imagem Ducha e seu projeto de curadoria para o Sérgio Porto 2010/2011

Saiba mais sobre Ducha.

O ECM Sérgio Porto sempre funcionou como um pólo atrativo e difusor da arte contemporânea no Rio de Janeiro, contando com o diferencial de não ser apenas um teatro, mas um centro cultural que também dispõe de duas galerias de arte.

Ser um lugar de experimentação e de pesquisa é a característica mais instigante do ECM Sérgio Porto com relação às artes cênicas.
Este perfil vai também ser trabalhado, no periodo de gestão do Projeto_ENTRE, pela curadoria de artes visuais, que programa as galerias e o grande espaço de visualidade urbana que constitui o muro de trás do teatro.

O nosso objetivo é que estes espaços sejam um local de integração entre várias vertentes das artes visuais, e também entre espaço público, sociedade e universidade: criamos uma programação que abriga tanto o artista jovem, em início de carreira, por vezes em contato com a universidade, quanto artistas já reconhecidos, com carreiras estruturadas nacional e internacionalmente.

A partir do início de 2010, cada artista vai expor seu trabalho por aproximadamente dois meses, totalizando 12 aberturas durante todo o ano nas duas galerias.
Ainda, o muro de fundos do ECM Sérgio Porto será ocupado com diferentes trabalhos a cada dois meses, abrindo espaço para mais 6 artistas durante o ano de 2010.

A Coordenação Artística e Curadoria das galerias e do muro do ECM Sérgio Porto será feita pelo artista visual Ducha, artista contextual que vive e trabalha no Rio de Janeiro, e vem atuando desde o final da década de 90 com diversas categorias artísticas tais como performance, escultura, fotografia e desenho.
O foco de seu trabalho é majoritariamente ambiental, seja no contexto urbano, marítimo ou rural.

Ducha desenvolveu para uma das galerias deste projeto um recorte curatorial singular, dedicado a trabalhos conceituais na vertente que se pode chamar de mail art. Os artistas convidados enviarão suas obras, ou suas instruções de construção das mesmas via correio e as mesmas serão montadas nas galerias do ECM Sérgio Porto.

Uma série de regras deverão ser seguidas pelos artistas convidados para o envio das obras, direções a serem mantidas, como num jogo.

REGRAS DO JOGO:
1- o pró-labore é depositado na conta do artista
2- o artista produz ou planeja sua obra
3- o artista produz uma lauda de texto
4- o artista envia sua obra ou instrução pelo correio
5- o artista envia o texto de uma lauda por e-mail
6- o curador imprime 1000 fotocopias do texto
7- o curador monta a exposição com a obra e as fotocópias
8- inauguração

Artistas do Rio, ou das partes mais distantes do país, ou ainda residentes em outros países terão, necessariamente, que utilizar os serviços dos correios como veículo para o trabalho.

Segundo as palavras do próprio curador: “Assim surgiu a idéia para Arte Correio, quando eu fui convidado para a curadoria das galerias do Sérgio Porto. No início a motivação era didática: desfazer antigos mal entendidos sobre o que é e o que não é arte conceitual, mas a tarefa logo se mostrou muito mais complicada do que eu inocentemente imaginava.
Num segundo momento surgiu a vontade de criar parâmetros arbitrários que colocariam artistas de diferentes gerações, momentos na carreira, níveis de poder de realização e localizações geográficas em pé de igualdade, ainda que circunstancialmente. Tanto um artista que reside em Pernambuco, quanto um estudante de arte carioca que ainda não fez exposição alguma, dão a partida da mesma maneira, ou seja, com o tabuleiro arrumado da mesma forma.”

Como já foi dito antes cada um destes artistas convidados está obrigado a enviar um texto, um artigo, uma entrevista, ou o que mais o aprouver, juntamente com a sua obra, para a curadoria do espaço. Estes textos – que podem trazer tanto um conteúdo teórico como relacional -, ao final deste ano de exposições, serão agrupados e transformados em um documento/livro da participação destes artistas no projeto Arte Correio, documentando assim, não através de catálogos, mas com o uso do pensamento destes artistas, estas exposições, transformando-as em uma possível fonte de pesquisa e difusão.

Ainda, para a outra galeria do ECM Sérgio Porto, Ducha pensa programar tanto exposições de artistas visuais, quanto trabalhos híbridos – de apagamento das fronteiras entre artes visuais, dança, teatro e performance. Estes trabalhos acontecerão e/ou transitarão pelo grande espaço entre galeria, sala de espetáculos, foyer, bar, podendo ganhar inclusive o espaço externo.
Desta maneira, uma outra qualidade de espaço de exibição passa a existir dentro do Sérgio Porto; um espaço único que, por suas características singulares, não se encontra facilemente em outros centros culturais na cidade.
Há, paralelamente à criação deste novo lugar no plano físico, a formalização de um lugar simbólico, de múltiplas possibilidades de mestiçagem entre as linguagens artísticas: artes visuais, dança, música, performance e teatro realmente têm no ECM Sérgio Porto um espaço potente, e com um pensamento curatorial realmente voltado para o exercício pleno das artes contemporâneas.

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